Jorge Eduardo Leal Medeiros ressalta que os aeroportos brasileiros já atendem a todos os padrões de segurança internacionais, mas o EMAS, como é chamada a tecnologia, promove uma proteção adicional
Áreas de escape do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que ainda serão entregues, utilizam uma tecnologia chamada Engineered Material Arresting System (EMAS). Essa tecnologia de segurança consiste em blocos de concreto que se deformam quando o avião ultrapassa a pista e já é utilizada em aeroportos da Europa, Ásia e Estados Unidos.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Jorge Eduardo Leal Medeiros, professor da disciplina de Transportes Aéreos e Aeroportos da Escola Politécnica (Poli) da USP, explica que, com essa deformação, o atrito da pista aumenta e desacelera o avião de maneira mais rápida.
Segundo o professor, essa área é adicionada ao tamanho original da pista, pois só pode ser utilizada em casos de emergência. “[O sistema] não faz parte da pista. O avião, ao decolar na outra cabeceira, não pode passar por cima disso”, afirma.
O aeroporto de Congonhas será o primeiro da América Latina a contar com o EMAS. Medeiros ressalta, entretanto, que o sistema é mais eficaz para aeronaves grandes e pesadas como os modelos Boeing 737 e A320.
Segundo Medeiros, o nível de segurança dos aeroportos brasileiros é muito bom. Isso porque o País é membro da Organização Internacional da Aviação Civil (OACI). “Nós seguimos exatamente todos os protocolos, todos os padrões de segurança estabelecidos”, afirma.