No Brasil, manter um negócio funcionando é mais do que empreender, é conviver com um sócio invisível e exigente: o governo. Ao contrário de um investidor tradicional, que assume riscos e aposta no crescimento da empresa, o Estado apenas cobra sua parte. Não investe, não compartilha prejuízos e, mesmo diante de crises ou quedas de faturamento, continua inflexível em suas exigências.
Esse desequilíbrio se agrava diante de um sistema tributário reconhecidamente complexo, caro e instável. O empresário brasileiro não apenas paga muito, mas também precisa dedicar tempo e recursos para não errar diante de uma legislação que muda com frequência e pune com rigor. Em 2024, passamos 149 dias trabalhando só para sustentar a máquina pública, aquela que nunca atrasa o salário de quem rouba, mas vive “sem verba” pra saúde e educação. Em 2025, já estamos quase lá de novo! Se batermos a meta, talvez ganhemos um prêmio: um novo escândalo de corrupção com direito a pizza no final e uma CPI que termina em nada.
Enquanto as empresas precisam reduzir custos, inovar e se reinventar para sobreviver, o governo segue ampliando suas receitas. Em vez de cortar gastos ou melhorar a eficiência da gestão pública, a solução tem sido buscar mais arrecadação. A meta para os próximos anos é ambiciosa: arrecadar R$ 118 bilhões adicionais até 2026, segundo projeção da Receita Federal. A promessa é atingir esse valor sem criar novos tributos, apostando em melhorias na cobrança, recuperação de créditos e estímulo à regularização fiscal.
Na teoria, a proposta não envolve aumento de alíquotas, mas a realidade mostra que, com mais fiscalização e pressão, quem está despreparado acaba pagando mais. Isso impõe um desafio extra para empresas e contadores, que terão de acompanhar mudanças, manter cadastros e obrigações em dia e evitar erros que possam gerar autuações ou litígios.
Neste cenário, fica evidente que conhecimento, planejamento e estratégia se tornaram indispensáveis. A sobrevivência e o crescimento de uma empresa dependem diretamente da sua capacidade de se adaptar, cumprir as regras e, principalmente, não ser surpreendida por um sistema que penaliza mais quem menos erra.
É por isso que empresários devem buscar uma assessoria contábil e jurídica sólida, atualizada e comprometida, capaz de garantir segurança, identificar oportunidades e transformar obrigações fiscais em soluções inteligentes para a saúde e a longevidade do negócio.
Rafael Conrad Zaidowicz é contador e advogado, respectivamente, da Zaidowicz Contabilidade e Zaidowicz Advogados.
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