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sábado, novembro 23, 2024

Exportações paranaenses mantêm crescimento em 2022

O Paraná somou em setembro US$ 1,8 bilhão em exportações, ficando 21% abaixo do valor registrado em agosto, mas superando o resultado de setembro do ano passado em 7,8%. O estado foi o sétimo do país que mais vendeu para fora no mês passado e o segundo da região Sul, superado pelo Rio Grande do Sul. No ano, as vendas de mercadorias para fora do país chegam a US$ 16,8 bilhões, com crescimento de 16% na comparação com o período, de janeiro a setembro, de 2021.

Já as importações tiveram crescimento de quase 4% frente a agosto, num total de US$ US$ 2,2 bilhões. O valor também é 51% superior ao registrado em setembro do ano passado. Neste quesito, o Paraná é o quarto do país que mais comprou produtos do exterior em setembro, representando 8,7% de tudo que o Brasil adquiriu. Na região Sul, Santa Catarina supera o Paraná nas importações. De janeiro a setembro, já são US$ 17 bilhões em valores importados, alta de 38% em relação ao ano passado.

Diante desses números, o saldo da balança comercial paranaense ficou negativo em US$ 349,2 milhões em setembro. No ano, o resultado acumulado também é um déficit de US$ 195 milhões.

Embora o volume de mercadorias vendidas tenha diminuído em mais de 20% em setembro, os valores exportados continuaram crescendo. “Esse resultado é reflexo da inflação dos preços no mercado internacional”, pontua o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe. “2022 é um ano atípico porque o preço das commodities no exterior subiram demais. Já vinham em valorização no período pandêmico e o conflito entre Rússia e Ucrânia acentuou este cenário”, completa.

“Ao mesmo tempo em que valoriza bens e serviços vendidos pelo Paraná para fora, essa situação também encarece insumos e matérias-primas importadas pela indústria para fabricação de produtos, pressionando ainda mais os custos de produção aqui”, analisa o economista da Fiep.

Mercados e produtos

A China lidera o ranking dos principais mercados de destino dos produtos paranaenses. Em setembro, quase 12% de tudo que o estado exportou foram para lá. Na sequência vem a Argentina (10%) e Estados Unidos (7%). O estado vendeu para outros 164 países no mês passado. No ano, as vendas para o país asiático estão em queda de 29%, embora somem US$ 3,1 bilhões. Estados Unidos vêm em seguida, com US$ 1,3 bilhão e com alta este ano de 19%. Argentina soma US$ 1,1 bilhão e com crescimento no ano de 52%.

Nas importações, a China também lidera, com participação de 27% em setembro, seguida por Índia (10%) e Estados Unidos (9%). De janeiro a setembro, a compra de produtos chineses somou US$ 4,4 bilhões, superando em quase 60% o valor do mesmo período do ano passado. Estados Unidos também têm alta de 63%, com US$ 2,2 bilhões, e Paraguai, crescimento de 16%, em US$ 721 milhões.

Soja foi o item campeão de vendas para fora pelo Paraná em setembro, 21% da pauta total do estado. Em seguida vem carnes (18%) e material de transporte (9,3%). Em 2022, o cenário não muda. Soja é o mais exportado (28%), seguido por carnes (18%), madeira (9%), material de transporte (8%) e açúcar (4%).

Já entre as importações no mês passado, produtos químicos representaram 36% do total, seguido por petróleo (19%) e material de transporte (9%). No acumulado deste ano, a situação é parecida, com produtos químicos puxando as compras do exterior (39% da pauta). Na sequência, vem petróleo (13%), material de transporte (10%), produtos mecânicos (8,5%) e materiais elétricos e eletrônicos (7,7%).

“Importante mostrar que mesmo com resultados positivos no ano, depois de quatro meses, o crescimento das exportações paranaenses teve resultado negativo no mês”, aponta Felippe. “Isso pode estar atrelado a uma sazonalidade de alguns produtos, como soja, por exemplo”, explica. Mas, para ele, também deixa um alerta sobre questões que desestimulam a expansão da atividade de comércio exterior, como as dificuldades e o alto custo logístico no Paraná. “Esses gargalos causam perda de eficiência no escoamento da produção, impactando na rentabilidade do empresário, além de outras barreiras técnicas que impedem a evolução dos negócios para outros mercados promissores”, conclui.

Fonte: D’Ponta News

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