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sábado, novembro 23, 2024

Com retorno das aulas, Tecpar e Fundepar asseguram qualidade da alimentação escolar para 2022

Com o retorno às aulas na rede pública estadual, o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) intensifica sua participação em um serviço de apoio fundamental para o processo de aprendizagem, que é a alimentação escolar. Em uma parceria de dez anos, o Tecpar faz o controle de qualidade dos alimentos fornecidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) aos estabelecimentos estaduais de ensino.
Com a parceria entre os dois institutos, o Governo do Estado assegura que as mais de 900 mil refeições servidas diariamente nos quase 2,1 mil estabelecimentos de ensino sejam de qualidade. Antes de chegar às escolas os produtos da alimentação escolar passam por um rigoroso controle de qualidade no complexo laboratorial do Tecpar, a fim de atestar sua conformidade com a legislação.
Nos últimos três anos, o Tecpar analisou 858 produtos de gêneros alimentícios. Para 2022 está prevista a análise de 442 itens e, com a retomada das aulas presenciais neste ano, a expectativa da Fundepar é ampliar essa quantidade ao longo do ano.
O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que além do serviço técnico, o Tecpar fornece à Fundepar informações estratégicas que podem apoiar a tomada de decisão e otimizar a qualidade dos produtos adquiridos futuramente.
“Nossa equipe de inteligência de dados elaborou um relatório que apresenta os diversos dados obtidos nas análises laboratoriais realizadas desde o início da parceria. Essas informações foram organizadas e tratadas, formando um histórico que pode servir como parâmetro pré-qualificação das empresas fornecedoras”, explica Jorge Callado.
O contrato celebrado entre os dois institutos prevê a avaliação do padrão de identidade e qualidade dos produtos de gêneros alimentícios, incluindo a inspeção das embalagens e a realização de ensaios laboratoriais de forma a proteger a saúde dos alunos, um dos principais objetivos do Programa de Alimentação Escolar do Paraná (PEAE).
“Quando pensamos na importância da alimentação servida nas nossas escolas, precisamos de todas as garantias de que entregaremos produtos apropriados e seguros. Esse é o principal objetivo da parceria com o Tecpar, o de termos um controle de qualidade necessário e em conformidade com a legislação”, enfatiza Marcelo Pimentel Bueno, diretor-presidente da Fundepar.
CRITÉRIOS – Nos laboratórios do Tecpar, as amostras passam por análises laboratoriais que permitem avaliar a segurança alimentar e o valor nutricional dos gêneros alimentícios. São feitos, por exemplo, os ensaios microbiológicos para identificar microrganismos patogênicos ou toxinas que podem representar risco à saúde do consumidor, além dos ensaios químicos, como os de proteínas, minerais, açúcares, vitaminas, entre outros.
Há, ainda, a inspeção nas embalagens primárias e secundárias dos alimentos, que acontece durante a entrega dos itens pelos fornecedores na unidade armazenadora do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Não havendo restrições durante a inspeção, é feita a amostragem representativa e encaminhada ao Tecpar para ensaios laboratoriais.
ALIMENTOS – Os produtos analisados são diversificados, vão desde alimentos congelados, como cortes de carnes, a industrializados, como arroz, macarrão, bolachas e sucos. Alguns produtos adquiridos da agricultura familiar, como ovos e temperos, também são avaliados.
A cada novo ano letivo são incluídos ou excluídos gêneros alimentícios da programação de aquisição e o controle de qualidade é necessário para garantir que os alimentos entregues estejam de acordo com a legislação de alimentos.
Neste ano foram incluídos serviços analíticos com o objetivo de avaliar alguns itens cozidos, como arroz branco, batata inglesa, mandioca, feijão carioca, ovo, macarrão espaguete, carne bovina moída refogada, peito de frango refogado, músculo bovino e sardinha.
REPROVAÇÃO – Em 2021, dos 293 produtos analisados, apenas 38 foram reprovados. Daniele Adão, gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar, ressalta que os produtos reprovados passam por processo administrativo na Fundepar e os produtos que oferecem risco à saúde não são distribuídos nas escolas.
“Alguns parâmetros, como o peso líquido por exemplo, que não têm impacto na qualidade do produto ou sua composição nutricional, poderá implicar na reposição da quantidade previamente acordada em contrato”, explica Daniele.
Entre os principais motivos que fazem os alimentos serem reprovados estão a presença de coliformes, salmonela e presença de material estranho. Os alimentos podem, ainda, ser desqualificados por apresentarem problemas com a rotulagem das embalagens ou resultados fora dos limites estabelecidos por requisitos normativos para a tabela nutricional daquele item alimentício.
REFERÊNCIA
O Tecpar é habilitado pela Anvisa e acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro para realizar análises de alimentos e embalagens para clientes de todo o País. Além disso, integra a Rede Nacional de Análise de Alimentos (Renali), formada por laboratórios públicos e instituições sem fins lucrativos de todo o Brasil, que possuem sistema de gestão de qualidade implantado ou acreditado.

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